Problemas com aluguel de temporada são comuns e costumam ocorrer quando o contrato é feito fora de imobiliárias, fechadas diretamente entre o golpista e a vítima. Com a propagação de aplicativos e sites de anúncio, aumentaram também as ofertas enganosas, que sempre existiram em classificados de jornais.
“Os golpes costumam envolver ofertas em cidades distantes, para evitar que a vítima consiga ir pessoalmente conferir o imóvel”, diz o delegado Leonel Baldasso Pires, da 1ª Delegacia da Polícia Civil de Cachoeirinha e autor do livro Golpes e Fraudes. Vale sempre frisar que o ideal é sempre buscar a orientação de um profissional, neste caso poderá ser um advogado em Camboriú, ou mesmo um advogado em Itajaí. Estes estes estarão aptos a lhe fornecer todas as orientações necessárias.
No ano passado, Baldasso capitaneou uma equipe que prendeu três suspeitos de aplicar o golpe do aluguel em Balneário Camboriú e Torres. Eles publicavam fotos falsas de imóveis em redes sociais e classificados, informando endereço nos locais mais valorizados dessas praias. Chegando ao local, as vítimas descobriam que os imóveis não existiam ou não estavam disponíveis para locação. No total, foram ludibriados pelo menos 20 veranistas.
“A melhor forma de se prevenir é ir até o imóvel ou pedir a alguém que more próximo para fazer esta visita. Se não for possível, é sempre mais seguro fazer o aluguel por intermédio de uma imobiliária”, afirma Baldasso.
O delegado sugere que, se cair em golpe do gênero, a pessoa registre queixa em uma delegacia local.
- Desconfie de ofertas que chegam por whatsapp ou são compartilhadas em redes sociais, principalmente pelo Facebook. É mais seguro alugar por meio de imobiliárias.
- Tente descobrir se alguém já alugou o local antes e como foi a experiência.
- Antes de acertar o aluguel, procure ir até o local e falar diretamente com o proprietário. Isso evita o risco de pagar pelo aluguel de um imóvel que, na realidade, nunca esteve no mercado. Se não tiver condições, peça para que um amigo ou conhecido que more mais próximo o faça. Outra possibilidade é descobrir o telefone do local e falar com o porteiro ou zelador, se é um apartamento, ou com algum vizinho, caso seja uma residência.
- Se o suposto proprietário desconversar quando você der a ideia de ir pessoalmente ao local antes de fazer o acordo, pode ser sinal de que algo vai errado.
- Fique atento aos indícios de golpe: geralmente, correspondem a imóveis em praias mais distantes. Além disso, o valor desses imóveis costuma ser muito mais baixo do que a média do mercado.
- Peça para ver fotos de dentro do imóvel. Lembre-se de que, para o golpista, é muito fácil tirar fotos externas e publicar um anúncio como se a casa fosse sua. Mas fique atento: a existência de fotos internas não garante que o negócio é seguro.