Com aproximadamente 140 mil habitantes, Balneário Camboriú é uma cidade localizada no litoral norte do estado de Santa Catarina, sendo conhecida não apenas por suas belezas naturais, mas também por seus apartamentos luxuosos, vida noturna agitada e qualidade de vida oferecida aos moradores. 

O mercado imobiliário de Balneário Camboriú é um dos segmentos que mais cresce na cidade, visto que muitas pessoas querem comprar imóveis com chances certas de valorização. Contudo, por mais que existam diversas opções disponíveis na imobiliária, ainda assim existem pessoas interessadas em comprar apartamento direto com o proprietário em Balneário Camboriú. E é justamente sobre isso que vamos falar no post de hoje, orientando sobre os cuidados e como funciona o processo.

Por que as pessoas desejam comprar imóveis direto com o proprietário?

Em um primeiro momento, existem diversos fatores que podem parecer mais vantajosos do que realizar a compra do imóvel por intermediação de uma imobiliária. Isso porque, as pessoas acreditam ser um processo mais burocrático e demorado. Contudo, ao realizar uma análise mais profunda da oferta, é possível perceber que existem diversos riscos e limitações que vêm junto com ela. Veja abaixo alguns pontos de atenção ao decidir comprar o imóvel direto com o proprietário:

1. Documentação do proprietário

Primeiramente, é preciso deixar claro que a burocracia estará presente em todas as negociações, independente se optar por comprar direto com o proprietário ou não, o que diferencia é o trabalho que você tem. Então, depois de encontrar o apartamento ideal, é preciso checar toda a documentação do proprietário. Vale ressaltar que quando existe o intermédio de uma imobiliária, essa etapa é feita por ela. Nesse caso, você é quem precisa solicitar os documentos necessários, como:

• Cópia da carteira de identidade;
• Cópia do CPF;
• Cópia da certidão de estado civil;
• Certidões negativas de ações na Justiça Federal (retiradas no site do Conselho Nacional de Justiça);
• Ações cíveis (retirados no site do Tribunal de Justiça de cada estado);
• Interdição, tutela e curatela (retirada no cartório regional);
• Ações das Fazendas Estadual e Municipal (retiradas nos sites das Secretarias da Fazenda estaduais);
• Protesto de títulos (retirada em cartório).

Caso o vendedor do apartamento seja comerciante, é preciso apresentar também certidões negativas de: 

• Quitação de tributos e contribuições federais; 
• Dívida ativa da União; 
• CND/INSS.

Todas podem ser retiradas no site do Ministério da Economia. Por fim, é preciso solicitar também a cópia do comprovante de abertura de conta, na qual o crédito oriundo do financiamento e FGTS será recebido. 

2. Apartamento mais caro que outros na mesma região

Além disso, tratar a negociação do imóvel direto com o proprietário também exige certa paciência fora dos âmbitos burocráticos de cartórios e bancos. Afinal, o apartamento pode estar à venda com um preço que não foi estipulado por um profissional, podendo acarretar, em muitos casos, em um valor maior que o real. Aqui, caso não tenha a ajuda de uma imobiliária, pode pagar um preço mais caro que o mercado oferece.

3. Documentação do imóvel

Além da documentação do proprietário, é preciso também solicitar os documentos referentes ao imóvel, como cópia autenticada da escritura e matrícula do imóvel contendo uma certidão de ônus reais. Nesse segundo documento irão constar informações importantes, como um número próprio e registro de todas as mudanças feitas no apartamento. 

Além disso, é preciso verificar também se existem dívidas de IPTU. Caso ele não seja pago, essa dívida é inscrita na dívida ativa do município e pode levar o imóvel a leilão caso não seja feita a quitação ou renegociação. Também é preciso levantar documentos como o Habite-se, que comprova a regularidade do imóvel, e sua planta pela prefeitura. 

Por fim, caso o apartamento seja financiado, também é preciso levantar esses documentos, tanto da propriedade quanto do banco onde está o financiamento. 

4. Possíveis dívidas de condomínio

Além de todos os documentos já citados, também é preciso solicitar uma declaração de inexistência de débitos condominiais, visto que possíveis dívidas podem recais sobre o novo proprietário. O documento deve ser retirado com o síndico do condomínio ou administradora do imóvel, verificando também contar de água, luz e gás.

Caso encontre alguma dívida aberta é preciso consultar um advogado especialista em Direito Imobiliário. Afinal, a compra de um imóvel direto com o proprietário pode ser bem burocrática e trabalhosa. 

5. Elaboração de um contrato detalhado

Por fim, mas não menos importante, caso tenha alcançado todas as etapas, é hora de criar o contrato, que precisa ser bem detalhado. Discuta com o vendedor todas as características do imóvel para que você evite imprevistos com o novo apartamento. 

Então, como você viu, comprar apartamento direto com o proprietário, por mais que pareça, não é tão simples. É essencial que você busque toda a documentação necessária, assim como o apoio de um profissional como o advogado imobiliário. Agora, caso não tenha tempo ou simplesmente prefira maior tranquilidade no momento da negociação, contrate a ajuda de uma imobiliária.